Houve ainda perdas de bovinos de corte e de leite, suínos, peixes e abelhas. Na produção de soja, foram 2,7 milhões de toneladas perdidas, conforme o documento.
As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio provocaram danos em mais de 206 mil propriedades rurais, de acordo com um levantamento divulgado pelo governo do estado nesta terça-feira (4). O relatório apontou que 9,1 mil localidades registraram transtornos.
As perdas diretas em animais afetaram significativamente 3,7 mil criadores, segundo o compilado. A maior quantidade foi de aves, com 1,1 milhão de mortes registradas. Houve ainda perdas de bovinos de corte e de leite, suínos, peixes e abelhas.
Segundo o documento, foram afetadas construções e instalações de 19,1 mil famílias rurais. A infraestrutura atingida inclui casas, galpões, armazéns, silos, estufas, açudes e aviários.
A produção de grãos teve o prejuízo puxado pela soja. Foram 2,7 milhões de toneladas, o que representa cerca de 12% do total. Em seguida, aparecem milho silagem (721 toneladas), milho (354 mil toneladas) e arroz (160 mil toneladas).
Na fruticultura, as maiores perdas foram registradas nas produções de bergamota, laranja e banana.
“Em muitos pomares, o solo estava alagado não somente em razão da inundação, provocada pelo extravasamento de rios e/ou escorrimento das chuvas, mas também por causa dos vários dias de precipitações de alto volume”, diz trecho do relatório.
No cultivo de hortaliças, as culturas de folhosas e leguminosas foram as mais impactadas. No total, 8 mil produtores sofreram perdas.
A tragédia climática matou 172 pessoas, deixando 44 desaparecidas, 806 feridas e mais de 610,2 mil fora de casa. Cidades foram devastadas: 476, de um total de 497, sofreram algum tipo de dano. O estado soma bilhões de reais em prejuízos.
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