As aulas na rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul estão programadas para recomeçar na próxima quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025. A decisão foi possível após o governo estadual conseguir reverter uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que havia suspendido o início do ano letivo devido à onda de calor que afeta o estado. Essa medida impacta cerca de 700 mil estudantes em 2.320 escolas, que agora poderão retornar às atividades escolares.
A Procuradoria-Geral do Estado argumentou em sua defesa que o governo já havia implementado diversas medidas para lidar com as altas temperaturas. Entre essas ações, estão as orientações dadas aos coordenadores regionais sobre como garantir um retorno seguro às aulas. A expectativa é de que, em algumas localidades, as temperaturas cheguem a impressionantes 43ºC, o que gerou preocupações sobre as condições de ensino.
Inicialmente, o ano letivo estava previsto para começar na segunda-feira, 10 de fevereiro, mas as aulas foram suspensas após uma liminar obtida pelo Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers). A entidade citou um alerta da MetSul Meteorologia, que indicava um “alto risco de calor extremo”, com temperaturas excepcionalmente altas e raramente registradas. O Cpers argumentou que o adiamento das aulas seria benéfico para o “bem-estar e a segurança de toda a comunidade escolar”.
O Cpers expressou sua preocupação em uma nota, afirmando que retomar as aulas durante um evento climático extremo, com temperaturas que podem ultrapassar os 40ºC e sensação térmica de até 50ºC, colocaria em risco a vida de professores, funcionários e estudantes. A entidade classificou como “vergonhosa” a recomendação do governador Eduardo Leite, que sugeriu à comunidade escolar medidas como hidratação, uso de roupas leves e protetor solar.
A secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, defendeu que as condições de infraestrutura das escolas e o impacto do calor variam de acordo com cada região. Por isso, ela acredita que o monitoramento e a avaliação sobre a necessidade de adiar as aulas devem ser feitos pelas coordenadorias regionais, considerando as particularidades de cada local. Essa abordagem visa garantir que as decisões sejam tomadas com base nas condições reais enfrentadas pelas escolas.
Em uma nota oficial, o governo do estado informou que orientou todas as coordenadorias regionais a adotarem medidas preventivas. Isso inclui a avaliação das condições de fornecimento de energia elétrica e água potável nas escolas, além de promover a hidratação dos alunos. A secretaria também recomendou a oferta de alimentação leve na merenda escolar e a suspensão das aulas de educação física durante o período de calor extremo.
A decisão de retomar as aulas na rede estadual do Rio Grande do Sul reflete a necessidade de equilibrar a continuidade da educação com a segurança dos alunos e profissionais. O governo estadual está ciente dos desafios impostos pelas altas temperaturas e se comprometeu a monitorar a situação de perto. A expectativa é que, com as medidas preventivas em vigor, o retorno às aulas ocorra de forma segura e tranquila.
Com o retorno das aulas, a comunidade escolar aguarda ansiosamente a normalização das atividades. A situação climática extrema representa um desafio significativo, mas a determinação do governo e das instituições educacionais é fundamental para garantir que os estudantes possam continuar seus estudos em um ambiente seguro e saudável.
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