Como a reforma tributária pode afetar investimentos estrangeiros no setor elétrico? Saiba mais com Leonardo Manzan!

Os reflexos da reforma tributária sobre investimentos estrangeiros em energia são explicados por Leonardo Manzan.
Os reflexos da reforma tributária sobre investimentos estrangeiros em energia são explicados por Leonardo Manzan.

Conforme informa o empresário Leonardo Manzan, o setor elétrico brasileiro ocupa posição estratégica tanto para o crescimento econômico quanto para a transição energética global. Nos últimos anos, a matriz elétrica nacional atraiu um volume expressivo de investimentos estrangeiros, motivados pela abundância de recursos renováveis e pelo potencial de expansão da infraestrutura. 

Entretanto, a aprovação da reforma tributária, com a criação do IBS e da CBS, traz novos desafios à previsibilidade regulatória e fiscal. Para que o Brasil mantenha sua atratividade, será fundamental avaliar os impactos dessa transformação sobre contratos, tarifas e políticas de incentivo.

Investimentos estrangeiros e segurança regulatória, segundo Leonardo Manzan

De acordo com Leonardo Manzan, investidores internacionais buscam estabilidade jurídica e fiscal antes de direcionar recursos para projetos de infraestrutura. A previsibilidade das regras tributárias é fator decisivo para a realização de aportes de longo prazo, especialmente em empreendimentos que exigem décadas de amortização. A transição para o IBS e a CBS pode gerar ambiente mais transparente, mas também apresenta riscos de interpretações divergentes ou aumento de custos, caso não haja regulamentação detalhada.

Leonardo Manzan mostra como a reforma pode impactar a atratividade do setor elétrico para investidores globais.
Leonardo Manzan mostra como a reforma pode impactar a atratividade do setor elétrico para investidores globais.

Ademais, os contratos de financiamento externo, geralmente atrelados a organismos multilaterais ou fundos de investimento, dependem de parâmetros claros para avaliar riscos. Mudanças bruscas na tributação podem afetar a confiança das instituições financeiras e encarecer o crédito, comprometendo a viabilidade de novos projetos no setor elétrico brasileiro.

Reforma tributária e impactos na competitividade do Brasil

Especialistas destacam que a simplificação proposta pela reforma tributária tende a reduzir a guerra fiscal entre estados e a aumentar a eficiência na arrecadação. Isso, em tese, pode tornar o Brasil mais competitivo em relação a outros mercados emergentes. Contudo, o efeito prático dependerá da forma como serão definidas as alíquotas e regras de compensação. 

@leonardosiademanzan

Arbitragem tributária e Receita Federal: visão de Leonardo Siade Manzan Com a crescente complexidade das relações econômicas, a arbitragem tributária se mostra um instrumento estratégico para resolução de conflitos fiscais. Leonardo Siade Manzan explora o papel da Receita Federal nesse contexto, revelando como a instituição pode contribuir para decisões mais rápidas, técnicas e justas. Ao longo do vídeo, ele aponta vantagens, cuidados e possíveis mudanças legislativas necessárias para fortalecer essa prática no cenário nacional. #LeonardoSiadeManzan #QueméLeonardoSiadeManzan #OqueaconteceucomLeonardoSiadeManzan #LeonardoSiade #LeonardoManzan #operaçãozelotes

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Nesse sentido, Leonardo Manzan explica que a compatibilização entre arrecadação e modicidade tarifária será central. Tarifas excessivamente onerosas afetam não apenas a competitividade da indústria nacional, mas também a percepção de retorno dos investidores estrangeiros. É por isso que o diálogo entre governo, agências reguladoras e agentes privados será indispensável na etapa de regulamentação da reforma.

Cláusulas contratuais e mitigação de riscos fiscais

Leonardo Manzan frisa que um dos instrumentos mais eficazes para lidar com a incerteza tributária é a utilização de cláusulas de estabilidade e de equilíbrio econômico-financeiro. Esses dispositivos contratuais permitem ajustes quando mudanças legislativas impactam diretamente os custos ou a rentabilidade dos projetos.

Outro aspecto relevante está na previsão de mecanismos de solução de controvérsias, como a arbitragem. Ao garantir maior agilidade e confidencialidade na resolução de litígios, esse modelo amplia a confiança dos investidores e reduz o risco de paralisação de projetos estratégicos. 

Transparência fiscal e governança corporativa

A transparência na apuração das tarifas e na incidência dos novos tributos será outro ponto determinante para atrair capital estrangeiro. Investidores precisam compreender de forma clara quais encargos incidem sobre os contratos e qual será o impacto efetivo no fluxo de caixa dos projetos. 

Empresas que mantêm controles internos sólidos e relatórios claros aumentam sua credibilidade perante o mercado financeiro internacional. Isso não apenas reduz custos de captação, mas também amplia a competitividade frente a players de outros países. Assim, o fortalecimento da governança tributária e a adoção de padrões internacionais de transparência serão diferenciais decisivos.

O futuro dos investimentos estrangeiros no setor elétrico

Como destaca Leonardo Manzan, a reforma tributária pode representar marco positivo para os investimentos estrangeiros, desde que sua implementação seja acompanhada de regulamentações consistentes. A clareza sobre regras de transição, a manutenção de incentivos a energias renováveis e a segurança jurídica nos contratos serão fundamentais para garantir a continuidade da entrada de capital externo.

O Brasil, pela sua vocação energética e potencial de crescimento, tem condições de se consolidar como destino preferencial de investidores no setor elétrico. Para isso, será necessário equilibrar eficiência arrecadatória e competitividade internacional, oferecendo um sistema tributário moderno, estável e transparente. Ao adotar esse caminho, o país poderá fortalecer sua matriz elétrica, acelerar a transição energética e consolidar-se como protagonista no mercado global de energia.

Autor: Mikesh Reyniros