A Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de Andressa Urach para anular as doações que fez à Igreja Universal do Reino de Deus durante os anos em que foi fiel da instituição. A decisão foi proferida pela juíza Karen Rick Danilevicz Bertoncello, da 13ª Vara Cível de Porto Alegre, que considerou que as contribuições foram feitas de forma voluntária e consciente, não havendo provas de coação ou vício de consentimento.
A modelo Andressa Urach é conhecida por sua trajetória marcada por uma obsessão por dinheiro e fama. Ela lançou a biografia “Morri para Viver – Meu submundo de fama, drogas e prostituição” em 2015, onde narra sua experiência com a prostituição, vícios em cirurgias plásticas e relacionamentos problemáticos. A obra foi um sucesso de vendas, e Andressa recebeu R$ 3,8 milhões em direitos autorais.
Segundo documentos anexados ao processo, Andressa alegou ter doado cerca de R$ 2 milhões à igreja durante os anos em que foi fiel. No entanto, a juíza considerou que o valor restante da quantia recebida pela modelo seria suficiente para garantir sua subsistência, afastando a tese de doação de todos os bens. A decisão da juíza é baseada na análise das provas apresentadas no processo e na falta de evidências de coação ou vício de consentimento.
A Igreja Universal do Reino de Deus é uma instituição religiosa conhecida por suas práticas controvérsias, incluindo a coleta de dinheiro em nome de Deus. A igreja tem sido objeto de críticas e processos judiciais ao longo dos anos, mas essa decisão é um exemplo específico da relação entre Andressa Urach e a instituição religiosa.
A decisão da juíza Karen Rick Danilevicz Bertoncello é uma resposta à solicitação de Andressa para anular as doações feitas à Igreja Universal. A modelo havia solicitado que as doações fossem consideradas ilegais, mas a justiça não encontrou provas suficientes para apoiar essa tese. Com isso, as doações feitas por Andressa permanecem válidas, e a igreja pode continuar a utilizar os recursos recebidos da modelo.